Jedismo, a boa religiao...

Em 29/03 tablóide The Sun anunciou um dos mais bizarros casos de ataque ocorridos a um fã. Na onda o Telegraph faz outra matéria e com link, se fosse noticiada hoje, é bem provável que muitos não acreditassem na notícia, especialmente por ser 1 de abril.

Condensamente falando

"Barney Jones, 36 anos, homem simples e detentor da força neste ciclo terreno, foi atacado em plena entrevista para um documentário, pelo Darth Vader, que não aguentando tamanho sucesso do mestre Jonba Hehol (esse é seu nome Jedi), pula a cerca de sua casa, e o ataca com um bengala... Vader tomado de ódio, também ataca a equipe de filmagem."

Hilário, Vader é ficção, só o capacete caracterizava o personagem, mas Jonba Hehol é real, esse "nobre" homem, "que a força que esteja com ele", é o co-fundador da Religião Jedi no Reino Unido.

Site: Igreja Jedi

Mas o que é a força? De acordo com o Obi-Wan Kenobi no ep. IV, ela é: "Um campo de energia, criado por tudo o que vive. Nos rodeia, nos penetra e une a galáxia".

Se formo fazer uma análise rápida frase, "o Lado Negro da força" seria um das molas propulsoras para o equilíbrio do universo.

Mas onde começou tudo isso, lá em 1977 com George Lucas, que genialmente soube criar um império cinematográfico com Star Wars. A produtora FOX não acreditando tanto no sucesso da obra, preferiu ficar com os lucros da bilheteria, deixando com ele os direitos/merchandising da obra, e deu no q deu, um boom de produtos que mudou a forma de consumo ligado a imagens de qualquer coisa. Se hoje sai um filme ele tem potencial para gerar todo tipo de produto pra venda, culpem o "etman" George Lucas.

Era evidente q seria um sucesso, a trama gerou 6 episódios e um universo expandido riquíssimo, com verdadeiros tratados escritos sobre a força e seu lado negro. Nesse ambiente criativo, a mitologia foi se desenvolvendo, e hoje temos uma Igreja Constituída, com pessoas realmente acreditando nesse poder, "força" que ecoa em várias tradições religiosas.

Um fanatismo perigoso, e bem americano.

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A Profecia Celestina (filme)

"Não olhe o que vem do pensamento e sim o que vem da alma. A vida está diante de nós, esperando para se abrir ao mundo. Apenas observe com atenção encontre os olhos para ver"

Assim começa o filme.

Assisti ontem A Profecia Celestina, tudo tem o seu tempo, já estava no meu computador a alguns dias, e devido a certos "probleminhas" pessoais e familiares, ia adiando, adiando, tive que desligar o botão "realidade" para ver. O filme visualmente é lindo, tem uma fotografia belíssima, as atuações são medianas, atuáveis. Para minha surpresa, uma das atrizes do filme é Annabeth Gish, a Mônica Reys de Arquivo X fase não "Mulder", interpretando como "ele", só que mais zen. No filme não é diferente, boas lembranças.

O filme não tem tantos diálogos ricos quanto "Quem Somos Nós", em nem algumas "profundidades" do amado/odiado "O Segredo", mas é tão bom quanto eles. Para quem conhece o livro, o filme será um achado. Quem não leu ou não compartilha dos muitos conceitos da New Age, irá achar vazio e sem sentido, devido os diálogos curtos e diretos, mesmo assim, recomendo. Quem sabe não é o desabrochar espiritual que você está esperando que aconteca em sua vida.

A história gira em torno de um pergaminho com 9 Revelações que irão mudar o curso da humanidade, um ponto forte na trama é a crítica a Igreja e seu poder manipulador diante dos povos e líderes, sejam ele no âmbito político, militar, econômico e espiritual, tema bem explorado por livros e Hollywood. Nunca é demais lembrar que Jesus é uma coisa e a obra criada em seu nome outra.

O longa começa com um professor de história em crise sendo afastado de seu cargo e logo em seguida recebendo o telefonema de uma amiga que lhe conta um segredo, uma Profecia. Repentinamente, o filme acontece numa série de eventos que dão certo para ele, numa velocidade louca e surreal. Não há espaço para respirar e dizer: é assim mesmo que acontece? Quem não é muito ligado nessas coisas de energia, "Nova Era", irá odiar o filme.

John em sua casa e com dúvida se vai ou não para Vicente, Peru, conhecer o Padre José - um arqueólogo que cuida das traduções em conjunto com sua equipe - as intermináveis coincidências começam acontecer. Ele parte em busca de si mesmo, a indagação era algo corriqueiro em sua vida, e sempre se perguntando sobre o que virá depois de tudo isso: tivemos o big bang; as primeiras formas de vida foram surgindo; os dinossauros apareceram, foram extintos; surgimos; civilizações grandiosas aparecem e anos depois se auto-destroem; evoluímos; construímos artefatos fantásticos; mas nada conseguindo responder sobre o que nós somos de verdade, para muitos, apenas uma "massa corpórea que pensa e morreu acabou", será?

A edição é excelente, faz o espectador não se dá conta da falta de uma continuidade mais caprichada no roteiro.

Na cidade perdida, John aos poucos vai desabrochando, enxergando o mundo como deveria ser visto: "Um mar de energia, onde não há perdedores e nem vencedores, mas sim uma troca recíproca de energia, repartida de forma equivalente, ação esta amparada pelo verdadeiro amor, que não escolhe e não julga quem está a sua volta".

A meditação, o estado de oração, a Yoga e outros meios para a expansão da consciência, nos tornam livres, faz de nós cooperadores da mudança planetária. Infelizmente o mundo presente está gerando somente competidores, isso é um dos fatores da desarmonia no planeta.

Abaixo temos as 9 Portas para este desabrochar espiritual:

1) Estamos redescobrindo que vivemos em um mundo misterioso, cheio de coincidências e encontros sincronizados que parecem fazer parte do destino;

2) Ao acordarmos para este mistério, criaremos um novo ponto de vista que redefinirá o universo como enérgico e sagrado;

3) Descobriremos que tudo à nossa volta, toda a matéria é originária e impulsionada por uma energia divina que estamos começando a ver e entender;

4) Sob este ponto de vista, vemos que os seres humanos sempre se sentiram inseguros e desconectados desta fonte sagrada, e tentam obter energia dominando uns aos outros. Esta luta é responsável por todos os conflitos humanos;

5) A única solução é cultivar uma conexão pessoal com o divino, uma transformação mística que nos encha de energia e amor ilimitados, amplie nossa percepção da beleza e nos eleve a um estado de consciência pessoal superior;

6) Neste conhecimento, podemos liberar nossos proprios padrões de controle e descobrir uma verdade específica, uma missão, que estamos aqui para compartilhar e que ajude a humanidade evoluir em direção a um novo nível de realidade;

7) Em busca desta missão, podemos descobrir uma intuição interna que nos mostra onde ir e o que fazer e se tivermos apenas interpretações positivas, nos trás várias coincidências que abrirão as portas para a realização da nossa missão;

8) Quando boa parte de nós entrar nessa corrente evolucionária, sempre dando energia para as pessoas que encontrarmos, construiremos uma nova cultura onde evoluiremos para um nível mais alto de energia e percepção;

9) Desta forma, participamos da longa jornada da evolução, desde o Big Bang até o último objetivo da vida: energizar nossos corpos, a cada geração, até encontrarmos um céu que possamos, finalmente, ver.

Assim termina o filme, pedindo que você mude a forma de ver o planeta, de ver a si própio.Um sábio persa a mais de um século nos deixou essa frase para meditação:

"Os olhos imperfeitos só enxergam imperfeição"
'Abdul'-Bahá

De que forma você está enxergando o mundo a sua volta? Como um "cooperador planetário", ou um "competidor divino", já que na sua formação sócio-espiritual, você foi educado a acreditar que o Deus das religiões mundiais são diferentes do seu.

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Um pouco de mim

Os Novos Movimentos Religiosos começaram a ganhar destaque e estudo no meio acadêmico lá pela década de 70, nos Estados Unidos. Atualmente, o fenômeno ganhou força e seguidores de todas classes sociais em vários países. Estudar a fenomenologia dos NMR's não é uma tarefa fácil, mas é altamente gratificante tentar compreender essa nova espécie de religiosidade ditada por eles.

Participei de muitas reuniões esotéricas realizadas em um apartamento numa região nobre do estado, era um entra e sai, os demais moradores estranhavam aquela movimentação, alguns até suspeitavam, mas não sabiam o que acontecia, já que era tudo feito de forma cuidadosa e sigilosa, quem passasse no corredor iria ouvir música New Age e sentir o cheiro do incenso queimando, então, era um bafafá só, rolava constantemente, a nossa amiga M. dizia que era um grupo de ajuda humanitária e que nós estávamos lá para rever nossas metas e criar novos planos de ação, não sei se o povo acreditava muito, isso acontecendo entre 97 e 99, era divertido. Nesse período já observava que em classes mais "pobres", era comum essa parcela da população, abraçar com todas as suas forças os Movimentos Evangélicos Neopetencostais, e entre as classes mais "ricas ou intelectuais", os Movimentos Espiritualistas de ares mais New Age, embora visse uma diferença no agir e querer ser transformado, os medos e anseios diante de uma sociedade em caos e sem rumo definido, eram os mesmos, pois ambos estavam querendo se encontrar, ser alguém. Essa "busca" hoje mudou significantemente, a religião dita de "pobre", as famosas Igrejas Petencostais e NeoPetencostais, numa velocidade assustadora, está crescendo e multiplicando em bairros mais nobres, já que "rico também pode ser avivado e passar pelo buraco da agulha", com algumas dizendo que você pode ser rico em vida e ter a salvação eterna, na verdade uma visão rearranjada de um dos muitos conceitos trazidos pela Reforma Protestante, indo contra a pobreza exaltada pelo clero católico e pelos seus muitos mártires.

Fazer partes desses NMR's de cunho mais New Age, como também os de cunho mais cristão avivado (mas aqui é mais comum encontrar pessoas carecendo de coisas básicas como lazer, saúde e estudo, então, acaba sendo mais fácil você viver para estas religiões) é um trabalho de "desapego conturbado", chega um momento nesses movimentos - isso acontece com freqüência - que a pessoa esquece que existe vida além daquele grupo. Nesta caminhada, me deparei com pessoas que tinham estudos, bens, que de uma hora para outra resolviam doar o que tinham, ficando na espera de um "chamado" para viver numa região de montanha, num pequeno vilarejo criado para eles sobreviverem o "fim mundo", fui no local, contarei melhor sobrei isso depois. Quando leio alguns autores criticando ou analisando esses NMR's como algo negativo para uma realidade humana sensata e equilibrada, não os condeno, mas também não posso admitir que muitas dessas tais pessoas em determinados grupos, são alienadas por completo, igual já li e ouvi muita gente dizer. Bellah, (1986) [1], acredita que isso é uma resposta a crise da Modernidade, de certa forma é mesmo, as pessoas perderam seus sonhos, não tem mais base, estão perdidas em seus próprios medos, um NMR e um líder que resgate isso, acaba sendo endeusado. A acolhida em certos grupos de avivamentos critãos é bem maior do que nos meios nova-eristas, enquanto nesse último, a busca comumente é individual, solitária e intransferível, nos new gospel, é coletiva, as pessoas são abraçadas, ouvidas, os membros se auto-convidam para fazer orações em suas casas, redes de apoio mútuo são criados, a pessoa foi "libertada". Agora dizer que esse isolamento não ocorre em grupos religiosos tradicionais é mentira, ocorre tanto quanto nos meios mais modernos e avivados de busca espiritual.

Indiretamente fiz muita gente passar raiva, já que muitos desses líderes enxergavam em mim um potencial para ser sacerdote ou guru, por estudar e ler um pouco demais sobre suas crenças, embora goste bastante de estudar a religião, nunca fui de ter apego demais a esses movimentos, isso para muita gente era frustante, como pode conhecer e não querer fazer um papel evangelizador, de "resgatador de almas", como sempre gosto de observar e com toda sinceridade digo isso, alguns grupos realmente me encantam, devido as suas "teologias" serem bem construída, mesmo sendo fantástica e fantasiosa demais, mas estudar/pesquisar tais grupos é uma coisa, fazer parte é outra. No grupo esotérico da M. ouvi uma frase que repito até hoje, "Nós devemos receber, polarizar e emanar o que a gente ouve no dia-a-dia", uma forma bonita e profunda para o bom e velho ditado "...ouvir, tirar o que é bom e colocar em prática", mas será que só isso resolve? As pessoas até que estão ouvindo e colocando muita coisa em prática, mas não estão agindo com olhos espirituais, já que fazer apenas o bem, não sana os males do espírito que tanto aflige a sociedade.

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[1] - BELLAH, Robert N. A nova consciência religiosa e a crise da modernidade, 1986.

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