A Profecia Celestina (filme)

"Não olhe o que vem do pensamento e sim o que vem da alma. A vida está diante de nós, esperando para se abrir ao mundo. Apenas observe com atenção encontre os olhos para ver"

Assim começa o filme.

Assisti ontem A Profecia Celestina, tudo tem o seu tempo, já estava no meu computador a alguns dias, e devido a certos "probleminhas" pessoais e familiares, ia adiando, adiando, tive que desligar o botão "realidade" para ver. O filme visualmente é lindo, tem uma fotografia belíssima, as atuações são medianas, atuáveis. Para minha surpresa, uma das atrizes do filme é Annabeth Gish, a Mônica Reys de Arquivo X fase não "Mulder", interpretando como "ele", só que mais zen. No filme não é diferente, boas lembranças.

O filme não tem tantos diálogos ricos quanto "Quem Somos Nós", em nem algumas "profundidades" do amado/odiado "O Segredo", mas é tão bom quanto eles. Para quem conhece o livro, o filme será um achado. Quem não leu ou não compartilha dos muitos conceitos da New Age, irá achar vazio e sem sentido, devido os diálogos curtos e diretos, mesmo assim, recomendo. Quem sabe não é o desabrochar espiritual que você está esperando que aconteca em sua vida.

A história gira em torno de um pergaminho com 9 Revelações que irão mudar o curso da humanidade, um ponto forte na trama é a crítica a Igreja e seu poder manipulador diante dos povos e líderes, sejam ele no âmbito político, militar, econômico e espiritual, tema bem explorado por livros e Hollywood. Nunca é demais lembrar que Jesus é uma coisa e a obra criada em seu nome outra.

O longa começa com um professor de história em crise sendo afastado de seu cargo e logo em seguida recebendo o telefonema de uma amiga que lhe conta um segredo, uma Profecia. Repentinamente, o filme acontece numa série de eventos que dão certo para ele, numa velocidade louca e surreal. Não há espaço para respirar e dizer: é assim mesmo que acontece? Quem não é muito ligado nessas coisas de energia, "Nova Era", irá odiar o filme.

John em sua casa e com dúvida se vai ou não para Vicente, Peru, conhecer o Padre José - um arqueólogo que cuida das traduções em conjunto com sua equipe - as intermináveis coincidências começam acontecer. Ele parte em busca de si mesmo, a indagação era algo corriqueiro em sua vida, e sempre se perguntando sobre o que virá depois de tudo isso: tivemos o big bang; as primeiras formas de vida foram surgindo; os dinossauros apareceram, foram extintos; surgimos; civilizações grandiosas aparecem e anos depois se auto-destroem; evoluímos; construímos artefatos fantásticos; mas nada conseguindo responder sobre o que nós somos de verdade, para muitos, apenas uma "massa corpórea que pensa e morreu acabou", será?

A edição é excelente, faz o espectador não se dá conta da falta de uma continuidade mais caprichada no roteiro.

Na cidade perdida, John aos poucos vai desabrochando, enxergando o mundo como deveria ser visto: "Um mar de energia, onde não há perdedores e nem vencedores, mas sim uma troca recíproca de energia, repartida de forma equivalente, ação esta amparada pelo verdadeiro amor, que não escolhe e não julga quem está a sua volta".

A meditação, o estado de oração, a Yoga e outros meios para a expansão da consciência, nos tornam livres, faz de nós cooperadores da mudança planetária. Infelizmente o mundo presente está gerando somente competidores, isso é um dos fatores da desarmonia no planeta.

Abaixo temos as 9 Portas para este desabrochar espiritual:

1) Estamos redescobrindo que vivemos em um mundo misterioso, cheio de coincidências e encontros sincronizados que parecem fazer parte do destino;

2) Ao acordarmos para este mistério, criaremos um novo ponto de vista que redefinirá o universo como enérgico e sagrado;

3) Descobriremos que tudo à nossa volta, toda a matéria é originária e impulsionada por uma energia divina que estamos começando a ver e entender;

4) Sob este ponto de vista, vemos que os seres humanos sempre se sentiram inseguros e desconectados desta fonte sagrada, e tentam obter energia dominando uns aos outros. Esta luta é responsável por todos os conflitos humanos;

5) A única solução é cultivar uma conexão pessoal com o divino, uma transformação mística que nos encha de energia e amor ilimitados, amplie nossa percepção da beleza e nos eleve a um estado de consciência pessoal superior;

6) Neste conhecimento, podemos liberar nossos proprios padrões de controle e descobrir uma verdade específica, uma missão, que estamos aqui para compartilhar e que ajude a humanidade evoluir em direção a um novo nível de realidade;

7) Em busca desta missão, podemos descobrir uma intuição interna que nos mostra onde ir e o que fazer e se tivermos apenas interpretações positivas, nos trás várias coincidências que abrirão as portas para a realização da nossa missão;

8) Quando boa parte de nós entrar nessa corrente evolucionária, sempre dando energia para as pessoas que encontrarmos, construiremos uma nova cultura onde evoluiremos para um nível mais alto de energia e percepção;

9) Desta forma, participamos da longa jornada da evolução, desde o Big Bang até o último objetivo da vida: energizar nossos corpos, a cada geração, até encontrarmos um céu que possamos, finalmente, ver.

Assim termina o filme, pedindo que você mude a forma de ver o planeta, de ver a si própio.Um sábio persa a mais de um século nos deixou essa frase para meditação:

"Os olhos imperfeitos só enxergam imperfeição"
'Abdul'-Bahá

De que forma você está enxergando o mundo a sua volta? Como um "cooperador planetário", ou um "competidor divino", já que na sua formação sócio-espiritual, você foi educado a acreditar que o Deus das religiões mundiais são diferentes do seu.

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